“A energia é a causa de toda produção e toda destruição”   

                               ( NEI JING SU WEN).

                          

A tese oriental sustenta que a matéria é um estado de condensação da energia  e que esta ao dispersar-se , retorna ao seu estado inicial de energia.                     

No ocidente, quando se fala de energia, nos referimos a ela com um conceito mecanicista; como “uma capacidade para realizar um trabalho, por definição física, fazendo extensão ao ser humano, como uma força que nos indicará a maior ou menor capacidade de ação e reação deste.” Nomeamos esta força de diferentes maneiras atendendo a sua origem e manifestações, assim teremos: energia elétrica, química, nuclear, cinética, térmica, eólica, etc.

A civilização ocidental tende a manter e desenvolver a chamada sociedade tecnológica, buscando, em tudo a aplicação prática que ajude a sustentar o sistema de pseudo bem estar moderno. Assim se exploram os recursos energéticos em  função dos possíveis benefícios imediatos, sem ter em conta a dinâmica própria do universo, origem comum de toda manifestação energética.

Em resumo, o QI, o Princípio, é a origem de tudo e para os chineses constitui o objeto primordial de seu estudo, independentemente de suas múltiplas formas de apresentação. Dominar este Princípio supõe controlar suas manifestações em proveito do ser humano e de seu desenrolar harmônico e saudável.

As últimas investigações da física quântica vislumbram a utilidade das teorias holísticas. Eruditos e cientistas de diversas áreas ( como a física, a filosofia, a sociologia, a neurofisiologia, etc.) se interessam por uma nova tese acerca da formação do universo a partir de sistemas energéticos microfísicos, que se combinariam formando estruturas cada vez mais amplas . Alguns, como L. Domash, opinam que a consciência pura é a essência do Universo. Outros como o maestro Zen, Deshimaru, escreve a respeito: “Os chineses, muito antes que a física  moderna, haviam compreendido que matéria e energia eram uma só e mesma coisa.”

Soulié de Morant definiu a Acupuntura como “Filosofia total da energia”. Desta maneira nos ofereceu a pedra angular sobre a qual foi construído todo o enorme emaranhado que constitui a bioenergética, podendo acessar assim a sua compreensão, a fim de projetar, de uma forma terapêutica, toda a sabedoria que isto contém.

O princípio básico da  MTC (Medicina Tradicional Chinesa) nos fala da energia como fonte integradora e reguladora da forma físico-química. Por tanto, podemos deduzir que, em termos gerais, as enfermidades que seguem com alterações de estruturas orgânicas diversas, têm experimentado previamente uma fase de desordem energética acompanhado de uma sintomatologia muito variada, sutil umas vezes, claramente manifestas outras. Estes quadros energéticos não haviam sido compreendidos nem estudados pela medicina alopática, desligada destes conceitos. Contudo, os serviços médicos modernos contam com elementos técnicos, graças aos quais se manifestam determinadas formas de energia humana (eletrocardiograma, eletroencefalograma, etc...), segundo  Carlos Nogueira Perez  no livro  Fundamentos de Bioenergética, pág. 12 e 13.

A MTC (Medicina Tradicional Chinesa) busca a verdadeira essência do ser humano, não apenas como corpo físico e mental, mas um ser único e íntegro; um microcosmo inserido no macrocosmo (universo), com emoções, interpretações internas e intercomunicações externas.  

O QI é a raiz e sustentação da vida, base do movimento e transformação entre macro e microcosmo. De constituição ancestral (origem dos pais) eadquirida (ar, alimentos, exercícios físicos, meditação,  etc).

Toda fisiologia e fisiopatologia está baseada na concepção do Qi, seu fluxo e alterações é o conceito da energia que cursa nos meridianos do corpo, quando há interrupção altera a energia dos órgãos e portanto o processo do adoecimento.

Adoecer é o resultado de uma série de bloqueios que impedem o fluxo livre de Qi. O fluir é um processo simultâneo, contínuo, assim como o dia após a noite; o verão após a primavera; o amor após a paixão; a compreensão e crescimento após o cotidiano. As nossas energias fluem, alteram, alternam, coexistem, assim como o sono é Yin e a vigília é Yang completando e alternando-se.

A arte de viver não preconiza apenas uma face, um lado ou um pólo, e sim, o equilíbrio dos mesmos.

A concepção da medicina oriental tende a ser analógica e intuitiva, o pensamento ocidental é lógico e analítico, por isso a complementariedade de ambas.A MTC busca o tratamento integral do ser humano, devolvendo-o ao equilíbrio harmonioso com o seu meio, nasce num contexto onde existe um conceito fisiológico centralizador, observando os fatores de desequilíbrio que atuam em conjunto sobre as pessoas.

Como a droga ideal, sem contra indicações; sem efeitos adversos e sem dependência física, não existe; o entrelaçamento entre as duas medicinas (ocidental e chinesa) pode ser aproveitado tanto para tratamento de doenças com doses medicamentosas menores como também para diminuir os efeitos colaterais de algumas terapias ou simplesmente tratar algumas doenças.

 


A HISTÓRIA DA ACUPUNTURA

 

A acupuntura é o conjunto de conhecimentos científicos e práticos da medicina chinesa tradicional que visa à terapia e à cura das doenças através da aplicação de agulhas e de moxas, além de outras técnicas como: ventosa, sangria, craneopuntura, acupressão...

Esta ciência surgiu na China há aproximadamente 2500 anos (Su Wen). Os conhecimentos da acupuntura foram transmitidos de geração em geração, no entanto, a maior parte de sua terminologia não se enquadra dentro da nomenclatura moderna, o que restringe sua plena aceitação nos meios científicos.

Os chineses descobriram que o aquecimento do corpo com areia ou pedra quente em certos locais, aliviava as dores abdominais e articulares. Essa foi a origem da moxa.

Segundo a teoria da acupuntura, todas as estruturas do organismo se encontram originalmente em equilíbrio pela atuação das energias Yin (negativas) e Yang (positivas). Desse modo se as energias Yin e Yang estiverem em perfeita harmonia, o organismo certamente estará com saúde. Por outro lado, um desequilíbrio gerará a doença. A arte da acupuntura visa, através de sua técnica e procedimentos , a estimular os acupontos que têm a propriedade de restabelecer o equilíbrio, alcançando-se assim , resultados terapêuticos.

Segundo Ysao Yamamura, na Arte de Inserir, pág. 10, por meio dos pontos de acupuntura dos Canais de Energia Principais, é possível mobilizar todos os tipos de Energia do Canal, desse modo atuando sobre o Qi dos Zang Fu. As funções dos pontos: Tonificação, Sedação, Yuan ou Fonte, são específicas. Nos estados de vazio de Qi e de Xue (sangue), do Órgão e de seu Canal de Energia, o Qi pode ser fortalecido pelo estímulo dos pontos de Acupuntura Fonte (Yuan) e Tonificação.

Os distúrbios na circulação de Qi  nos Canais de Energia também podem ser revertidos pela ação que a acupuntura exerce de neutralizar as estagnações, promovendo o fluxo adequado de Qi (Energia) e de Xue (Sangue) nos respectivos Canais de Energia.

Muitas vezes para normalizar o Qi do Canal de Energia, é necessário aplicação de calo (Moxabustão). Esse recurso terapêutico além de aquecer os pontos  de acupuntura, aumenta também a função dos Canais de Energia, portanto aumentam a circulação de Água Orgânica contida nos Canais de Energia Principais Yang, nutrindo os Zang Fu e restabelecendo assim, sua atividade energética.

Os pontos de acupuntura são a expressão dos Zang Fu ao nível mais externo, e por meio dessa relação, é possível atuar no exterior (parte somática) para tratar e fortalecer os Zang Fu, situados no interior.

Miriam Pinheiro

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Formada em Naturopatia, pela Universidade Internacional de Ensino Livre, Terapeuta Holístico, Pelo Instituto Escola em Terapia Holistica, e Holoterapeuta e Cromoterapeuta pelo Instituto Antonio Vieira.

Profissão Cromoterapeuta, Auriculoterpeuta, Técnicas em Medicina Orientais, Técnica de Psicoterapia, Mestre em Reike, e Personal-trainer de Pilates.

Espaço de Medicina Holística Alternativa, fica situado em Salvador

 

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